Então é isso. Voltei voltando mesmo.
E o timing foi mais que perfeito. Pelo menos posso voltar a alfinetar todo mundo, sem que ninguém saiba especificamente para quem foi a alfinetada. Gosto muito de causar a sensação de "putz, será que ela sabe?" nas pessoas. Especialmente, naquelas que (acham que) têm certeza de que eu não sei de nada.
Acham que têm certeza. Bem assim. É bom, por vezes, deixar que me julguem boba. Ingênua. Provavelmente sou mesmo, em muito sentidos. Em outros nem tanto.
Conversas em volume baixo não me causam curiosidade. Pelo contrário: não me interessam. E pior: me enojam. Silêncios não me constrangem. Se conversa, que fluía naturalmente, cessa, posso garantir que não sou eu quem estou com vergonha ou medo de falar.
Acho que sou muito velha. Tenho ideias fixas na cabeça, que não são passíveis de modificação, ainda que o meio externo mude completamente. Quatro meses morando por aqui, observando, analisando, avaliando. Nenhuma certeza de que estou andando pelo caminho de ouro. Talvez de outro. Pode ser. Mas opto por arriscar.
Encontrei terra fértil pra plantar as minhas mudas. E ainda que o tempo não esteja muito favorável ao crescimento, tenho visto meus galhinhos brotando, e folhinhas verdes nascendo. É nisso que eu me apego: no que é meu. O resto, se fosse importante, não seria resto.
E aí as coisas vão acontecendo, assim mesmo. Simplesmente vão. Aceitando desculpas e justificativas para aquilo que não se explica. Concordando com situações extremamente desgastantes. Criando uma certa casca. Murinho que cresce e se derruba constantemente ao redor do meu
Mas faz parte. Só não vale dizer depois que eu não avisei.
É uma cilada, Bino.
É uma cilada, Bino.
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